A Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) lançou esta semana pesquisa em que aponta que entre 60% e 70% das viagens domésticas no Brasil são feitas a serviço de empresas, sendo o restante motivadas pelo lazer.
Segundo a associação, trata-se de um mercado em plena expansão e cada vez mais especializado para quem deseja trabalhar com um setor altamente rentável. Para a diretora executiva da Alagev, Giovana Zannuzzelli, algumas empresas têm as viagens de negócio entre as principais despesas fixas, depois da folha de pagamento. “Estamos falando de um mercado que movimenta o setor aéreo, hoteleiro, a gastronomia e demais segmentos da cadeia produtiva do turismo”, informa.
O turista corporativo também consome serviços de lazer. Algumas corporações até permitem a extensão da viagem por conta dos empregados. Uma pesquisa por amostragem com 90 das mais de 200 empresas sócias da Alagev mostrou que elas gastaram, em 2017, R$ 64 milhões com 486 mil viagens domésticas. As mesmas empresas que responderam o questionário voluntariamente gastaram R$ 33 milhões com 6 mil viagens internacionais.
A amostra foi feita em corporações que empregam entre mil e cinco mil funcionários. Somente uma empresa global do agronegócio, com sede na Europa e negócios no Brasil, realizou mais de 10 mil viagens domésticas em 2017, segundo a gerente do departamento especializado em eventos e viagens da indústria agroquímica, Ana Prado.
Os serviços normalmente são realizados por uma agência de viagem especializada em turismo corporativo e de eventos. A estatística apresentada vai orientar os parceiros da associação quanto ao comportamento das empresas em relação à política e gestão de viagens como: classe de voo, categoria dos hotéis, forma de pagamento e mecanismos de reservas. “É uma ferramenta importante para auxiliar as empresas prestadoras de serviços turísticos em um mercado crescente e muito exigente”, disse Eduardo Murada, diretor da Alagev.
A pesquisa mostrou que 52% dos viajantes são de empresas de serviços, seguidas por indústrias, que respondem por 43%, e o comércio com a menor fatia, 5% das viagens corporativas. A maioria das empresas tem sede no Brasil (52%) e 30% ficam na Europa com filiais no Brasil. As demais se espalham pelos outros continentes. A política de viagens das multinacionais, em sua maioria, segue as regras globais adotadas para todos os países.
Fonte: Ascom/Mtur